Atualmente, ainda não existe um marcador biológico confiável para diagnosticar a doença.
Por Claudia Borges em 31/07/2013
A doença de Alzheimer infelizmente ainda não tem cura, assim como também ainda não existe um marcador biológico confiável para diagnosticar o problema antes de seu aparecimento. Atualmente, é possível apenas confirmar a doença através de uma biópsia histopatológica do tecido cerebral (um exame mais invasivo) ou apenas durante a autópsia do corpo afetado para a investigação das causas da morte.
Isso é um tanto frustrante para o paciente e sua família e também para os médicos e cientistas. No entanto, uma nova esperança para o diagnóstico está surgindo com o desenvolvimento de um exame de sangue para detecção do Alzheimer. De acordo com o Science Daily, a novidade poderá ser utilizada para diagnosticar esse mal e outras doenças degenerativas.
Detalhes
O pesquisador Andreas Keller e sua equipe da Universidade Saarland se concentraram nos microRNAs (miRNAs), que são pequenas moléculas de RNA não-codificantes conhecidas por influenciar a maneira como os genes são expressos e que podem ser encontrados nos fluidos corporais circulantes, incluindo o sangue.
A equipe testou um painel de 12 miRNAs, níveis os quais são encontrados de forma diferente em uma pequena amostra de pacientes com Alzheimer e pessoas sem a doença. Em uma amostra muito maior, o teste distingue com mais segurança entre os dois grupos.
Para serem eficazes, esses marcadores biológicos (ou biomarcadores) precisam ser exatos, sensíveis (capazes de identificar corretamente as pessoas com a doença) e específicos (capazes de identificar corretamente as pessoas sem a doença).
Os resultados dos testes se mostraram eficazes em 90% dessas três medidas. Apesar disso, o novo exame ainda precisa ser validado para uso clínico, e pode, eventualmente, funcionar melhor quando combinado com outras ferramentas de diagnóstico padrão, como imagem, afirmam os autores do estudo.
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